Hoje, escrevendo, vou dividir convosco alguns considerandos sobre a importância do beijo numa relação a dois.
Por incrível que possa parecer, muitos namoros e casamentos terminam por divergências em relação ao beijo. Pode acreditar que é verdade, estando inclusive comprovado por meios científicos e medicinais, existindo diversas teorias sobre esse facto.
A pele dos lábios é a região do corpo humano mais fina. Dizem os estudos que é a parte mais sensível, estando ou sendo talvez, a área que maiores sensações, tanto de prazer como outras, envia ao sistema nervoso central.
De entre cerca de treze nervos cranianos de gênese mais sensível, cinco ou seis estão insertos na pele dos lábios. São esses que, enviam em gênero de mensagem, boa ou menos boa, para o cérebro, quando se beija alguém. Terá maior ênfase se o beijo for dentro da vertente intima, ou seja, lábios com lábios. Essas mensagens que são enviadas, não são mais nem menos, que reações físicas originadas pela emoção que se sente ao dar, receber ou trocar o beijo.
Através das sensações recebidas e enviadas pela sensibilidade da pele dos lábios, podemos perceber factos que se interligam, como o sabor, temperatura corporal, força da libido, tremores, ou até sentir a emoção do desagrado, e da repulsa, ou seja, um conjunto de sensações que podem fazer com que o beijo seja agradável, ou menos agradável.
Portanto, pelo que acabo de escrever, facilmente se infere que, o beijo na boca, seja leve ou profundo ( toque labial ou com estímulos de língua) provoca uma reação que pode até ser nervosa – o 1,º beijo entre namorados, por exemplo – mas mesmo assim, e regra geral, causa uma reação forte ao nível da resposta sentida em todo o corpo.
Através da reação aos estímulos do beijo, facilmente se chega à conclusão se, uma relação tem ou não “ pernas para andar ” como se ousa dizer, ou até de continuar caso já exista.
Os estímulos que chegam ao cérebro, estão muito ligados à libido e funcionam como um termômetro que mede a temperatura. Assim sendo, não tenhamos dúvidas que o beijo é o maior responsável pelo sucesso ou fracasso de uma relação amorosa.
Claro que a vertente visual está muito ligada aos estímulos do beijo. Uma boca saudável, dentes perfeitos, um sorriso franco, aberto, sedutor, uma boa higiene oral, são factores, que mexem com a libido e, provocam boas sensações aquando os lábios se encostam, fazendo com que se fechem ou abram, aos estímulos da mensagem cerebral que, indica que as línguas se vão ou não tocar.
A vida é cada vez mais vivida em Stress. Quando no namoro são as raparigas que não saem à noite porque os seus pais não deixam ou não gostam, ou por outra razão qualquer e, o namorado olha em seu redor e vê outros amigos com as suas namoradas na noite, em discotecas, em bares, esplanadas, enfim, nos mais diversos lugares.
Nos casais que vivem juntos, casados ou maritalmente, primeiro é o Stress de engravidar, depois o Stress de onde deixar os filhos, é o Stress do trabalho, do trânsito, o chefe que chateia, que não acha nada bem feito, que ele é que sabe tudo, entre outros factores que todos bem conhecemos.
Perante essas condições genéricas, tanto o homem como a mulher, chegam à noite cansados e apetece-lhe tudo menos estarem aos beijos um com o outro. Essa, uma das razões que muitas vezes levam a que existam traições tanto de lado como do outro, pois é durante o dia que as mentes andam mais descansadas, e nesse período de tempo, regra geral, os parceiros de trabalho, não são as suas mulheres ou maridos. Depois…
O desgaste causado pelo que atrás escrevi, faz com que, um relacionamento comece a perder virtude, ou seja, começa a mostrar sinais de fadiga, fazendo com que aqueles beijos que antes se davam cheios de carinho e glamour, passem a ser apenas aquele beijo na face, um selinho nos lábios, sempre muito rápido, sem intensidade nem emoção.
Muitas mulheres e homens, quando decidem parar para pensar, facilmente percebem que o seu relacionamento conjugal entrou em crise. Aquele desejo de beijar começa a esvaziar-se de sentido, a ser mais raro, a não ter aquele impacto que antes tinha, e daí muitas vezes surgir o fracasso da relação.
O beijo é essencial entre as pessoas. Tanto aqueles que são dados por carinho, amizade, como os que são dados como sendo a essência do amor e do desejo sexual.
Assim, facilmente se chega à conclusão que, o beijo trocado entre dois seres humanos que se querem não pode ser dado como um dever conjugal, mas sim, ser dado como sendo uma necessidade afetiva, uma prova de amor.
Não ser dado ou começar a escassear, é prova mais que real de que a relação amorosa entre ambos, está a entrar em decadência.
Existem homens e mulheres que fazem sexo com ausência do beijo. É uma verdade. Só que, não estou a falar de sexo sem amor, mas sim de amor com sexo. É totalmente diferente.
Mesmo quando se dá aquela facadinha na relação, existe o beijo, geralmente não dado como selinho, embora possa começar dessa forma, mas sim, mais profundo com entrelaço de língua.
Nesses casos pode não existir amor, mas sim, atração física e desejo sexual que, passado algum tempo, normalmente pouco, termina numa falência que, se pensassem bem, seria o epilogo mais certo, visto que, muitas vezes um deles ou até os dois são casados.
Claro que não existe regra sem excepção e alguns (poucos) desse relacionamentos ocasionais acabam por vingar e seguir um caminho em conjunto.
Por vezes uma viagem a dois - deixando os filhos com a ama, avós, outra situação - uma noite num hotel ou pousada, um caminhar à beira mar, um jantar romântico à luz das velas, pode ser o reiniciar de uma relação cansada, desgastada, que parece caminhar para a rotura.
Tudo começa na essência do beijo. Tudo pode acabar pela ausência desse. Muito ficou por dizer. Existem mil maneiras de beijar, mas a verdade é que, o sentimento mais belo, intimo e sedutor, que pode ser enviado ao cérebro, pelas emoções e estímulos do beijo, tem um apenas nome: AMOR.
- Será o beijo, ou a sua ausência, causador de um bom relacionamento, ou o fim desse?
Gostava de ler a sua opinião sobre o texto que, com tanto carinho, escrevi para lhe oferecer.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário